Hamburger Anzeiger - Ataque com explosivos a base militar deixa dois mortos na Colômbia

Ataque com explosivos a base militar deixa dois mortos na Colômbia
Ataque com explosivos a base militar deixa dois mortos na Colômbia / foto: Daniel MARTINEZ - AFP

Ataque com explosivos a base militar deixa dois mortos na Colômbia

Dois soldados morreram e 25 ficaram feridos nesta terça-feira (17) em um ataque com explosivos contra uma base militar colombiana, atribuído ao Exército de Libertação Nacional (ELN), informaram autoridades, em meio à crise nas negociações de paz com a guerrilha.

Tamanho do texto:

Um porta-voz das Forças Armadas confirmou à AFP a morte dos militares e informou que 4 oficiais, 7 suboficiais e outros 14 militares ficaram feridos.

O Exército colombiano publicou na rede social X que o ELN usou "artefatos explosivos improvisados na ação terrorista", que aconteceu no departamento de Arauca, na fronteira com a Venezuela.

Vários militares atingidos foram levados em ambulâncias ao município de Arauca, capital do departamento, registrou a AFP. Segundo o Ministério da Defesa, um grupo de 18 soldados feridos estava sendo transferido para um hospital militar de Bogotá.

“Condeno o ataque covarde no povoado de Puerto Jordán, onde terroristas usaram artefatos explosivos artesanais lançados de um caminhão", publicou no X o comandante do Exército, general Luis Emilio Cardozo.

Segundo as forças militares, o ataque ocorreu a menos de um quilômetro de uma escola onde havia pelo menos 300 crianças, motivo pelo qual foi considerado “uma violação” do Direito Humanitário Internacional.

O ministro colombiano da Defesa, Iván Velásquez, anunciou no mês passado a retomada da ofensiva militar contra o ELN, após o fim de um cessar-fogo em vigor desde 2023. A guerrilha decidiu não retomar a trégua no começo de agosto, em meio a turbulências nas negociações de paz com o governo do esquerdista Gustavo Petro.

O ELN apontou violações pelo governo dos acordos assinados durante as rodadas de negociação realizadas desde o fim de 2022 em Cuba, Venezuela e México.

Petro tenta encerrar o conflito armado de seis décadas dialogando com as guerrilhas e com alguns grupos criminosos ligados ao narcotráfico.

H.Rathmann--HHA