Greenpeace pede que fabricantes asiáticos de semicondutores reduzam emissões poluentes
O Greenpeace pediu nesta quinta-feira (20) aos fabricantes asiáticos de semicondutores, como TSMC e Samsung, que se comprometam a reduzir as emissões de gases de efeito estufa, na expectativa de um aumento do consumo de energia de combustíveis fósseis para essa atividade.
Em um novo relatório, a ONG ambiental afirma que a indústria global de semicondutores vai emitir 86 milhões de toneladas de CO2 equivalente em 2030, mais do que o dobro das emissões totais de Portugal em 2021, para efeito de comparação.
O Greenpeace destacou o alto consumo de eletricidade pelos fabricantes de semicondutores – usados em smartphones, hardware para Inteligência Artificial e carros – como um dos vetores do aumento das emissões poluentes da indústria eletrônica.
O relatório se concentra nas empresas que operam na Ásia, onde se destacam o grupo taiwanês TSMC, fornecedor da americana Apple, e a sul-coreana Samsung Electronics. O fornecimento de eletricidade nesta parte da Ásia é baseado, principalmente, em gás e carvão, diz o Greenpeace.
Nenhuma das empresas analisadas no relatório adotou compromissos alinhados com as recomendações do GIEC (Grupo Intergovernamental de Especialistas em Mudanças Climáticas) de limitar o aquecimento global a 1,5°C, nem adotou medidas para trabalhar com energia 100% renovável em 2030.
"A maioria dos provedores eletrônicos estudados estabeleceu metas de redução de emissões de carbono de longo prazo, mas seus cronogramas não refletem o nível de ambição necessário", disse o Greenpeace.
A Samsung anunciou, no ano passado, um compromisso com a neutralidade de carbono em todas as suas operações até 2050.
"Estamos empenhados em atingir nossa meta anunciada no ano passado", afirmou a empresa em um comunicado, ao ser questionada pela imprensa após a divulgação do relatório do Greenpeace.
E.Borstelmann--HHA