Hamburger Anzeiger - EUA processa Amazon por enganar seus clientes com serviço de assinatura

EUA processa Amazon por enganar seus clientes com serviço de assinatura
EUA processa Amazon por enganar seus clientes com serviço de assinatura / foto: Anna Moneymaker - GETTY IMAGES NORTH AMERICA/AFP

EUA processa Amazon por enganar seus clientes com serviço de assinatura

A Amazon enganou os consumidores para que se inscrevessem em seu serviço "Prime" e complicou intencionalmente o processo de cancelamento, de acordo com uma denúncia apresentada contra a gigante do varejo nesta quarta-feira (21) nos Estados Unidos.

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O processo da Comissão Federal de Comércio (FTC, na sigla em inglês) contra a Amazon inclui quatro acusações civis contra a empresa por "interface de usuário manipuladora, coercitiva e enganosa" e busca uma interdição permanente sobre a conduta, além de sanções monetárias.

A filiação ao programa "Prime" custa US$ 14,99 por mês ou US$ 139 por ano (R$ 71,95 e R$ 667,2, respectivamente, na cotação atual), em troca de vantagens como frete grátis em produtos e acesso a programas e filmes de entretenimento on-line da Amazon.

A denúncia também destaca o procedimento complicado que os clientes precisam seguir para cancelar sua adesão ao "Prime", apelidado de "Ilíada" por executivos da empresa, em alusão à famosa epopeia grega escrita por Homero, referindo-se à dificuldade intencional de concluir esse processo.

"O 'Fluxo da Ilíada' forçava os consumidores que queriam cancelar o serviço a navegar por um processo de quatro páginas, seis cliques e 15 opções", detalhou a denúncia.

"Em contrapartida, os clientes podiam se inscrever no Prime com um ou dois cliques", enfatizou.

A denúncia afirma ainda que a Amazon modificou seu processo de cancelamento por volta de abril de 2023, "sob uma pressão substancial da comissão".

"A Amazon enganou e prendeu as pessoas em assinaturas recorrentes sem o consentimento delas, não apenas frustrando os usuários, mas também cobrando muito dinheiro deles", disse a presidente da FTC, Lina Khan.

A comissão "continuará protegendo energicamente os americanos contra 'padrões obscuros' e outras práticas desleais, ou enganosas, nos mercados digitais", insistiu.

J.Berger--HHA