Hamburger Anzeiger - Clandestinos que cruzaram o Atlântico no leme de um navio são resgatados no Espírito Santo

Clandestinos que cruzaram o Atlântico no leme de um navio são resgatados no Espírito Santo
Clandestinos que cruzaram o Atlântico no leme de um navio são resgatados no Espírito Santo / foto: Handout - BRAZILIAN FEDERAL POLICE/AFP

Clandestinos que cruzaram o Atlântico no leme de um navio são resgatados no Espírito Santo

Quatro homens vindos da Nigéria foram resgatados pelas autoridades brasileiras nesta semana depois de passarem 13 dias atravessando o oceano Atlântico escondidos no leme de um navio, informou a Polícia Federal (PF).

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Os clandestinos estavam "escondidos na casa de leme do navio", na parte traseira do casco, afirmou a Polícia Federal, que efetuou o resgate na segunda-feira (10) no litoral do Espírito Santo".

Os passageiros clandestinos foram encontrados "pelos tripulantes da embarcação, que partiu em 27/06/2023 da cidade de Lagos, na Nigéria", cuja bandeira é da Libéria, esclareceu a PF.

Uma fonte policial disse, nesta terça-feira (11), à AFP que os quatro homens foram enviados temporariamente para um hotel, se encontram "bem alimentados" e estão "bem de saúde".

Em imagens do momento do resgate divulgadas pela PF, pode-se ver um dos homens sentado na lâmina do leme, enquanto outros parecem viajar escondidos em um pequeno compartimento dentro do casco, em condições extremamente perigosas para uma travessia oceânica.

Em um dos vídeos, pode-se ouvir os agentes dizendo que será necessário utilizar salva-vidas, porque pelo menos dois dos homens "não sabem nadar".

De acordo com a polícia, "os cidadãos resgatados alegam ser nacionais da Nigéria, porém não dispõem de documentos para confirmar suas origem e identidades".

"Agora, os estrangeiros ficarão sob custódia e responsabilidade da Agência Marítima até que retornem ao país de origem, compulsoriamente", acrescentou a Polícia Federal.

Um caso semelhante aconteceu na Espanha em novembro do ano passado, quando três nigerianos chegaram às Ilhas Canárias após viajarem 11 dias escondidos no leme de um cargueiro vindo de Lagos.

F.Schneider--HHA