Hamburger Anzeiger - Pacote de ajuda à Ucrânia sobrevive a votação crucial no Senado dos EUA

Pacote de ajuda à Ucrânia sobrevive a votação crucial no Senado dos EUA
Pacote de ajuda à Ucrânia sobrevive a votação crucial no Senado dos EUA / foto: ANDREW CABALLERO-REYNOLDS - AFP

Pacote de ajuda à Ucrânia sobrevive a votação crucial no Senado dos EUA

Um amplo pacote de ajuda externa, que inclui US$ 60 bilhões (R$ 298 bilhões) para a Ucrânia, sobreviveu, neste domingo (11), a uma votação de procedimento crucial no Senado dos Estados Unidos, embora a oposição dos republicanos mais conservadores possa impedir que se torne lei.

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O Senado, com uma pequena maioria democrata, votou por 67 votos a favor e 27 contra pelo desbloqueio do projeto de lei, cuja aprovação final é esperada para o meio da semana.

O pacote de US$ 95 bilhões (R$ 472,2 bilhões) inclui financiamento para a luta de Israel contra os militantes do Hamas, e para Taiwan, um aliado estratégico dos EUA. No entanto, a maior parte seria destinada à Ucrânia pró-ocidental para o reabastecimento de munições, armas e outras necessidades cruciais em seu terceiro ano de guerra contra a Rússia.

O Senado não costuma realizar votações durante o fim de semana.

"Não me lembro da última vez que o Senado realizou uma sessão em um domingo de Super Bowl [a final da liga de futebol americano], mas como falei durante toda a semana, continuaremos trabalhando neste projeto até que o trabalho seja concluído", afirmou antes da votação Chuck Schumer, líder da maioria democrata no Senado.

"Enquanto conversamos, a invasão de Vladimir Putin da Ucrânia transformou partes do Leste Europeu em uma zona de guerra como não vimos nessa região desde a Segunda Guerra Mundial", acrescentou o senador.

"A única resposta correta para essa ameaça é que o Senado a enfrente de maneira decisiva ao aprovar esta lei o mais rápido possível", acrescentou.

A ajuda parecia fadada ao fracasso depois que os republicanos rejeitaram na quarta-feira uma versão anterior que também incluía muitas das medidas de segurança na fronteira com o México que eles haviam exigido durante meses.

Sob pressão do ex-presidente Donald Trump, que quer retornar à Casa Branca e aproveitar a percepção de fraqueza de Joe Biden em questões de imigração, os republicanos parecem ter decidido que preferem interromper qualquer reforma na fronteira até depois das eleições de novembro.

Mas os senadores republicanos cederam em uma votação dramática na quinta-feira depois que os democratas, que têm uma pequena maioria no Senado, desvincularam completamente a ajuda da questão da fronteira.

Ambos os partidos têm alcançado muito pouco em termos de consenso de cara para as eleições presidenciais. No entanto, grande parte dessa disfunção tem sido atribuída diretamente a Trump, que tem praticamente garantida sua vitória nas primárias republicanas apesar de ter perdido para Biden em 2020 e enfrentar vários processos judiciais.

- Exigências -

Os senadores republicanos originalmente exigiram medidas mais severas de segurança na fronteira como condição para apoiar a Ucrânia em sua luta contra a invasão lançada por Putin em fevereiro de 2022.

Mas Trump está buscando retornar à Casa Branca com uma plataforma focada em acusar Biden de fracassar em suas tentativas de resolver o problema na fronteira.

Um compromisso bipartidário muito debatido - que combinava ajuda para Ucrânia e Israel com algumas restrições históricas à imigração - foi visto como um avanço.

No entanto, o plano entrou em colapso dias depois de sua publicação, quando Trump advertiu os congressistas a rejeitá-lo.

Mesmo que o pacote de ajuda avance no Senado, ainda precisará passar pela Câmara dos Representantes, que é muito mais próxima de Trump.

O presidente da Câmara dos Representantes, o republicano Mike Johnson, não disse se consideraria submeter a votação um projeto de lei destinado exclusivamente a fornecer ajuda externa.

O presidente da Ucrânia, Volodimir Zelensky, postou na rede social X que a votação foi um "primeiro passo muito importante" para liberar mais ajuda para seu país, e um "dia ruim" para o presidente russo.

J.Berger--HHA