Hamburger Anzeiger - Construtoras são multadas em R$ 240 milhões por desabamento em metrô de SP em 2007

Construtoras são multadas em R$ 240 milhões por desabamento em metrô de SP em 2007
Construtoras são multadas em R$ 240 milhões por desabamento em metrô de SP em 2007 / foto: MAURICIO LIMA - AFP/Arquivos

Construtoras são multadas em R$ 240 milhões por desabamento em metrô de SP em 2007

O Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJSP) impôs uma multa de R$ 240 milhões a executivos e empresas, incluindo o gigante francês Alstom, pelo desabamento em uma obra do metrô de São Paulo em 2007 que deixou sete mortos, segundo uma sentença obtida pela AFP neste sábado (17).

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Um juiz do TJSP condenou seis diretores da empresa municipal de metrô e sete empresas envolvidas no projeto a pagarem no total esse valor, ao considerar que sua "improbidade administrativa" causou o colapso.

A sentença, que pode ser recorrida, também proíbe os acusados de trabalhar no setor público e impede as empresas de obter contratos oficiais no Brasil por cinco anos.

Em 12 de janeiro de 2007, quando trabalhadores estavam escavando para construir a estação Pinheiros, na zona oeste da capital paulista, um enorme buraco se abriu, engolindo parte da via ao lado, a Marginal Pinheiros.

O deslizamento de terra que formou a cratera arrastou pedestres e veículos, derrubando toneladas de sedimentos, asfalto e concreto. Mais de 90 prédios na área tiveram que ser demolidos ou fechados.

Apesar dos sinais de fragilidade estrutural no local do túnel, "as perfurações foram executadas no local já fragilizado, e os suportes de sustentação previstos não foram colocados de imediato", escreveu o juiz Marcos de Lima Porta em sua sentença, emitida na sexta-feira.

“Tal procedimento... revelou-se além de perigoso, negligente e claramente expôs o local ao risco iminente de colapso”, completou.

Além da Alstom, entre as companhias multadas estão os gigantes brasileiros da construção e engenharia OAS (agora Grupo Metha), Queiroz Galvão, Camargo Corrêa e CBPO, subsidiária da Odebrecht (agora Novonor).

Nenhuma das empresas respondeu imediatamente às solicitações de comentários.

H.Brunner--HHA