Hamburger Anzeiger - Uma em cada seis crianças foi vítima de cyberbullying em 2022 em 44 países, diz OMS

Uma em cada seis crianças foi vítima de cyberbullying em 2022 em 44 países, diz OMS
Uma em cada seis crianças foi vítima de cyberbullying em 2022 em 44 países, diz OMS / foto: Alberto PIZZOLI - AFP

Uma em cada seis crianças foi vítima de cyberbullying em 2022 em 44 países, diz OMS

Uma em cada seis crianças de 11 a 15 anos afirma que sofreu cyberbullying em 2022, aponta um estudo da Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre 44 países divulgado nesta quarta-feira (27, noite de terça em Brasília).

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O estudo se baseia em questionários aplicados a 279 mil crianças e adolescentes de 44 países e regiões da Europa, Ásia Central e Canadá. "É um alerta que nos convida a lutar contra o assédio e a violência, onde e quando ocorrerem", ressaltou o diretor da OMS para a Europa, Hans Kluge.

A edição anterior do estudo, baseada em dados de 2018, indicou que 13% das crianças dessa faixa etária haviam sido vítimas de assédio na internet.

O assédio físico se manteve estável, com 11% dos menores dizendo que sofreram bullying na escola, contra 10% na edição anterior.

A pandemia mudou a forma como os adolescentes interagem, destacou a organização da ONU. "As formas virtuais de violência entre colegas se tornaram particularmente proeminentes a partir desse período, quando o mundo dos jovens se tornou cada vez mais virtual durante os períodos de confinamento".

Segundo o novo estudo, 15% dos meninos e 16% das meninas sofreram cyberbullying pelo menos uma vez nos últimos meses.

Os níveis mais altos foram registrados entre as crianças da Bulgária, Lituânia, Polônia e Moldávia, e os mais baixos, na Espanha, destacou a OMS.

Na maioria dos territórios, o cyberbullying atinge seu ápice aos 11 anos entre os meninos e aos 13 entre as meninas. Há pouca ou nenhuma diferença com base na categoria socioprofissional dos pais.

"É necessário investir mais em monitorar as diferentes formas de violência", ressalta o relatório, que pede a regulação das redes sociais, "para limitar a exposição ao cyberbullying".

E.Gerber--HHA