Hamburger Anzeiger - Petro pede aprovação de reformas diante de milhares de apoiadores na Colômbia

Petro pede aprovação de reformas diante de milhares de apoiadores na Colômbia
Petro pede aprovação de reformas diante de milhares de apoiadores na Colômbia / foto: Raul ARBOLEDA - AFP

Petro pede aprovação de reformas diante de milhares de apoiadores na Colômbia

O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, pediu, nesta quarta-feira (7), ao Congresso do país que aprove suas reformas, em discurso para milhares de apoiadores que foram às ruas hoje em apoio ao governo, no momento em que o presidente enfrenta um escândalo de escutas telefônicas ilegais.

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Manifestantes expressaram apoio a Petro em Bogotá e outras cidades. O presidente acompanhou a passeata pelas ruas da capital e depois discursou em um pequeno palanque montado na região da Praça de Bolívar, acompanhado de sua família e da vice-presidente, Francia Márquez.

"Pedimos aos congressistas, por nosso desejo de justiça e paz, que aprovem as reformas que garantem ao povo colombiano seus direitos. Reformas que o povo aprovou nas urnas, nas eleições presidenciais", clamou o primeiro presidente de esquerda da história do país, aplaudido por milhares de sindicalistas, trabalhadores e estudantes.

No poder desde agosto, Petro enfrenta um dos piores escândalos de seu governo, investigado em um caso de escutas ilegais e suspeita de corrupção no financiamento de sua campanha presidencial.

"A direita ficou tantos anos no poder e foi sempre a mesma coisa. Temos que dar uma chance à esquerda. Tenho esperança em uma mudança", disse Evelyn Jaramillo, de 37 anos, que agitava a bandeira de um sindicato em Bogotá.

- Novos protestos -

Petro mostrou força política durante os protestos, no momento em que as acusações contra ele aumentam, o que está lhe custando o apoio do Congresso. Seus projetos de lei são discutidos no Legislativo, onde alguns partidos tradicionais que apoiaram seu governo começam a lhe dar as costas.

Petro busca reduzir a participação privada no sistema de saúde, redistribuir as terras improdutivas, reformar os sistemas trabalhista, previdenciário e judiciário e desarmar organizações ilegais, entre outros projetos, mas não conta com apoio suficiente.

“Que não se atrevam a romper com a democracia na Colômbia, porque irão encontrar um gigante: o povo colombiano nas ruas deste país”, advertiu o presidente, que pediu a manutenção dos protestos.

O autoproclamado "governo da mudança" enfrenta uma chuva de críticas e é acusado de recorrer a velhas práticas políticas. Segundo a pesquisa mais recente da empresa Invamer, a aprovação de sua gestão passou de 50% em novembro para 34% em maio.

F.Carstens--HHA