Hamburger Anzeiger - Ex-aluno abre fogo em escola e mata uma estudante no Paraná

Ex-aluno abre fogo em escola e mata uma estudante no Paraná
Ex-aluno abre fogo em escola e mata uma estudante no Paraná / foto: Tatiana MAGARINOS - AFP

Ex-aluno abre fogo em escola e mata uma estudante no Paraná

Uma adolescente de 16 anos morreu e um estudante ficou ferido nesta segunda-feira (19) em um ataque com arma de fogo em uma escola em Cambé, perto de Londrina, norte do Paraná. O agressor, segundo as autoridades, seria um ex-aluno e foi detido.

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"Um ex-aluno entrou armado", após se apresentar na escola para "solicitar seu histórico escolar", informou o governo do Paraná em nota.

Já dentro da escola, atirou em duas pessoas. "Uma aluna de 16 anos morreu no local e outro aluno foi baleado e está internado", acrescentou o comunicado.

O texto não deu detalhes sobre o estado de saúde nem a idade do estudante ferido. Segundo a imprensa local, o atirador tem 21 anos.

"O professor que imobilizou esse ex-aluno passou por um treinamento recentemente e as forças policiais chegaram em apenas três minutos (...), o que evitou uma tragédia ainda maior", disse o governador do Paraná, Carlos Ratinho Júnior, que decretou três dias de luto.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu a notícia com "tristeza e indignação".

"Mais uma jovem vida tirada pelo ódio e a violência que não podemos mais tolerar dentro das nossas escolas e na sociedade", tuitou.

Os ataques em escolas aumentaram recentemente no Brasil e as autoridades os atribuem, em parte, à "apologia à violência" que circula nas redes sociais.

"Está na palma da mão da nossa juventude, pelos smartphones, pelos tablets e pela proliferação irresponsável de mensagens de violência e ódio na internet", afirmou o ministro da Justiça, Flávio Dino, em um evento no Rio de Janeiro.

Em abril, quatro crianças de 4 a 7 anos foram assassinadas em uma creche em Blumenau, Santa Catarina, por um homem que os atacou com uma arma branca. Os assassinatos comoveram o país e o governo federal anunciou uma série de medidas de regulamentação das redes sociais para combater as crescentes ameaças contra escolas.

Em 2019, oito pessoas foram mortas em uma escola de ensino médio em Suzano, município de São Paulo. Seus assassinos, dois ex-alunos, se suicidaram depois.

O pior ataque registrado no Brasil foi em 2011: 12 crianças morreram quando um homem abriu fogo em sua antiga escola em Realengo, subúrbio do Rio de Janeiro, e depois se matou.

A.Baumann--HHA