Hamburger Anzeiger - Uruguai e Itália se enfrentam em busca de título inédito do Mundial Sub-20

Uruguai e Itália se enfrentam em busca de título inédito do Mundial Sub-20
Uruguai e Itália se enfrentam em busca de título inédito do Mundial Sub-20 / foto: JUAN MABROMATA - AFP

Uruguai e Itália se enfrentam em busca de título inédito do Mundial Sub-20

'Los gurises' (meninos) do Uruguai ou os 'ragazzi' da Itália. Uma batalha neste domingo definirá o destino de duas nações futebolísticas que disputam a final do Mundial Sub-20 da Argentina-2023.

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O destino colocou frente a frente no estádio Diego Armando Maradona de La Plata às 18h00 (horário de Brasília) uma nova geração da inesgotável fonte uruguaia e uma inesperada geração de jovens italianos, amigos do espetáculo e bom toque de bola.

Na entrevista coletiva antes da partida, o técnico italiano, Carmine Nunziata, elogiou o 'berço' uruguaio: "Sempre deu grandes jogadores ao futebol mundial e devemos reconhecer isso porque eles têm categorias de base, são bem organizados".

Perto de casa, seu homólogo uruguaio, Marcelo Broli, acaricia um título mundial que a Celeste nunca conquistou e que há três semanas é o principal desejo de seus 3,5 milhões de habitantes.

O atacante Anderson Duarte será seu triunfo ofensivo, apoiado por um arsenal de jogadores como Fabricio Díaz, Sebastián Boselli e Franco González, que com raça e determinação levaram o Uruguai à final do Mundial Sub-20 pela terceira vez na história (após as derrotas na Malásia-1997 e na Turquia-2013).

Nunziata e o artilheiro do Mundial, Cesare Casadei, terão contra eles a maré celeste que deve atravessar a fronteira do Rio da Prata, mas seu principal trunfo será o bom jogo de um time que no futuro pode aliviar as dores de cabeça que a seleção italiana tem sofrido nos últimos anos.

"É uma final que além de tudo (...) tem um histórico muito bom, são duas equipes que venceram muito e isso nos motiva", disse Broli.

- Bielsa aguarda nova geração -

Antes de chegar à Argentina, a seleção uruguaia gozava de maior favoritismo do que a italiana, mas durante o torneio essas previsões mudaram.

A Celeste começou goleando o Iraque (4-0), tropeçou com uma derrota diante da Inglaterra (3-2) e graças a um pênalti no final do jogo terminou a fase de grupos com uma vitória sobre a Tunísia (1-0).

No 'mata-mata', Broli seguiu à risca o manual uruguaio de defender com disciplina e atacar com vigor. Nas oitavas de final, o Uruguai venceu a Gâmbia por 1 a 0 e nas quartas de final deu o grande golpe ao eliminar a forte seleção dos Estados Unidos com uma vitória de 2 a 0, antes do suado triunfo (1-0) nas semifinais contra Israel.

Um menino do modesto Defensor Sporting se tornou estrela com seu sacrifício na fase final: o atacante Anderson Duarte, marcando um gol em cada uma das fases eliminatórias.

Ganhando ou perdendo, já foi anunciada em Montevidéu uma grande recepção para 'los gurises'. O novo técnico da seleção principal, o argentino Marcelo Bielsa, também espera sete deles de braços abertos para os amistosos de junho.

'El Loco', com toda sua experiência, poderá terminar de aprimorar os jogadores que já surgem como sucessores da geração de Luis Suárez, Édinson Cavani e Diego Godín, vencedores da Copa América em 2011 e semifinalistas no Mundial da África do Sul-2010.

- Itália colhe os frutos -

Os adolescentes da Itália ficaram famosos durante o Mundial. Das cinco seleções classificadas pela Uefa, eram a quarta em importância, atrás de Inglaterra, Israel e França, as melhores equipes do Europeu Sub-19 de 2022.

No entanto, a 'Azzurra' explodiu na Argentina. Na primeira partida deram o bote ao vencer o favorito Brasil por 3 a 2, depois tiveram um revés contra a Nigéria, para quem perderam por 2 a 0, mas acertaram o rumo contra República Dominicana (3 a 0), Inglaterra (2 a 1), Colômbia (3 a 1) e Coreia do Sul (2 a 1).

O artilheiro Casadei e o craque Tommaso Bandanzi executaram com perfeição o plano de Carmine Nunziata, um técnico que está há nove anos nas categorias de base da Itália.

O treinador está a um passo de colher os frutos de anos cuidando das raízes do futebol de seu país, enquanto dá esperanças à Itália de Roberto Mancini, que não se classifica para uma Copa do Mundo de seleções principais desde 2014.

Possíveis escalações:

Uruguai: Randall Rodríguez - Rodrigo Chagas, Sebastián Boselli, Facundo González, Alan Matturro - Franco González, Damián García, Facundo Díaz, Juan Cruz de los Santos - Luciano Rodríguez e Anderson Duarte. Técnico: Marcelo Broli.

Itália: Sebastiano Desplanches - Mattia Zanotti, Daniele Ghilardi, Gabriele Guarino, Riccardo Turicchia - Samuel Giovane, Matteo Prati, Cesare Casadei - Tommaso Baldanzi - Francesco Esposito e Giuseppe Ambrosino. Técnico: Carmine Nunziata.

O.Meyer--HHA