Hamburger Anzeiger - Falta de artilheiro nato é problema comum entre semifinalistas da Liga das Nações da Uefa

Falta de artilheiro nato é problema comum entre semifinalistas da Liga das Nações da Uefa
Falta de artilheiro nato é problema comum entre semifinalistas da Liga das Nações da Uefa / foto: PATRICIA DE MELO MOREIRA - AFP

Falta de artilheiro nato é problema comum entre semifinalistas da Liga das Nações da Uefa

As seleções classificadas para as semifinais da Liga das Nações da Uefa (Espanha, Itália, Croácia e Holanda) chegam à fase final do torneio, que começa nesta quarta-feira (14), sem um artilheiro consagrado digno de seu glorioso passado.

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Longe dos tempos de Raúl, Pippo Inzaghi, Davor Suker e Ruud van Nistelrooy, essas quatro forças do futebol europeu não contam atualmente com atacantes de renome.

Embora tenha um leve favoritismo por jogar em casa, a Holanda não poderá contar com seu principal homem de frente, Memphis Depay, e com o zagueiro Matthijs de Ligt.

O único atacante à disposição na 'Laranja Mecânica', Wout Weghorst, marcou apenas um gol pelo Manchester United desde que chegou ao clube, em janeiro.

Nesse cenário, a esperança de gols holandesa é Cody Gakpo, que não é um centroavante de origem e atua mais pelos lados do campo, como Steven Bergwijn e Donyell Malen.

A Croácia, adversária da Holanda nas semifinais, também busca um goleador do nível de Suker ou de Mario Mandzukic, que vestiram camisas de grandes clubes como Real Madrid, Arsenal, Juventus e Bayern de Munique.

O atual titular da seleção croata, Andrej Kramaric, joga no modesto Hoffenheim alemão e, nesta temporada, marcou 12 gols na Bundesliga.

Petar Musa, por sua vez, defende o Benfica de Portugal, mas marcou apenas sete gols. Bruno Petkovic, herói nas quartas de final da Copa do Mundo do Catar contra o Brasil, é jogador do Dínamo de Zagreb.

- Seca italiana -

Na outra semifinal, entre Espanha e Itália, na quinta-feira, a ausência de um homem-gol chama a atenção em duas seleções que sempre contaram com lendas, como Raúl e Inzaghi.

Aos 30 anos, Álvaro Morata mantém uma certa regularidade, mas seus números estão longe de colocá-lo entre os grandes artilheiros do mundo, enquanto os jovens de 20 anos Ansu Fati e Yeremy Pino ainda não passam de promessas.

A seca de artilheiros é ainda maior na Itália, tetracampeã mundial, mas que ficou de fora das últimas duas Copas.

"Existe uma semente na seleção Sub-20", diz à AFP Aldo Serena, ex-atacante da 'Azzurra' (24 jogos e cinco gols).

A Itália foi vice-campeã mundial da categoria, derrotada no domingo pelo Uruguai por 1 a 0, com o meia Cesare Casadei (7 gols) terminando o torneio como artilheiro.

Outro nome promissor que surgiu no Mundial Sub-20 foi o do jovem Wilfried Gnonto (19 anos), mas sua característica é mais de um jogador driblador do que goleador.

"Os clubes italianos deveriam dar mais confiança aos jovens, apoiá-los inclusive quando cometem erros", lamenta Serena.

O melhor atacante da atual 'Azzurra', Federico Chiesa, acaba de retornar depois de um ano se recuperando de lesão. O veterano Ciro Immobile, quatro vezes artilheiro do Campeonato Italiano desde 2014, nunca chegou a se firmar na seleção.

Enquanto não encontra um nome incontestável para o ataque, o técnico Roberto Mancini aposta no argentino naturalizado Mateo Retegui, sem experiência no futebol italiano.

A.Swartekop--HHA