Hamburger Anzeiger - Renault deixará de produzir motores de Fórmula 1 em 2026

Renault deixará de produzir motores de Fórmula 1 em 2026
Renault deixará de produzir motores de Fórmula 1 em 2026 / foto: Franck Fife - AFP/Arquivos

Renault deixará de produzir motores de Fórmula 1 em 2026

A montadora francesa Renault deixará de produzir motores para a Fórmula 1 a partir de 2026, anunciou sua equipe, Alpine, nesta segunda-feira (30), encerrando quase 50 anos de história na elite do automobilismo, uma decisão que afeta centenas de trabalhadores.

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"A direção da Alpine confirma seu projeto de transformação de sua fábrica em um centro de excelência em engenharia e alta tecnologia até o final de 2024", informou a escuderia francesa em um comunicado.

"As atividades da F1 em Viry-Chatillon - ao sul de Paris -, além do desenvolvimento de um novo motor, serão mantidas até o final da temporada de 2025", acrescentou sobre a fábrica do grupo.

Com a decisão, a Renault porá fim a quase meio século de história na elite do automobilismo, período em que conquistou dois títulos de pilotos como escuderia (com o espanhol Fernando Alonso em 2005 e 2006) e dois de construtores, além de 36 vitórias em Grandes Prêmios.

Como fornecedora de motores, a Renault soma 12 títulos de campeã mundial de construtores e 11 de pilotos, os últimos com a Red Bull e o alemão Sebastian Vettel em 2013.

Desde então, a Renault tem enfrentado dificuldades na competição. Em 2018, a Red Bull, a escuderia do atual campeão Max Verstappen, anunciou o fim da colaboração com a marca francesa devido à falta de vitórias.

Retornando à F1 em 2016 como escuderia - e não apenas como fornecedora de motores -, e desde 2021 com a Alpine, a Renault não conseguiu voltar à elite.

Em oito temporadas, sua melhor posição foi um quarto lugar no Mundial de construtores. Neste ano, a seis corridas do fim, ocupa a nona posição de dez, principalmente pela falta de potência de seu motor.

No âmbito trabalhista, o porta-voz dos trabalhadores da Renault informou à AFP que seus representantes votaram por unanimidade contra a decisão, sem que isso tenha impacto no movimento da marca.

Todos os funcionários afetados serão realocados em outros setores de atividade do grupo, indicou a direção no início de setembro à AFP.

Em seu setor de esportes mecânicos, além da F1, a Renault compete nos mundiais de resistência (Endurance), Fórmula E (em parceria com a Nissan) e participará em 2025 do Rali Dakar com a Dacia, outra marca do grupo.

E.Mariensen--HHA