Hamburger Anzeiger - Presidente do Equador irá ao Congresso para enfrentar processo de impeachment

Presidente do Equador irá ao Congresso para enfrentar processo de impeachment
Presidente do Equador irá ao Congresso para enfrentar processo de impeachment / foto: Rodrigo Buendia - AFP

Presidente do Equador irá ao Congresso para enfrentar processo de impeachment

O presidente do Equador, Guillermo Lasso, comparecerá perante o Congresso para enfrentar um processo de impeachment, ao qual será submetido por suspeita de corrupção, a pedido de uma maioria da oposição que busca destituí-lo do cargo – informou o ministro de Governo, Henry Cucalón, nesta quarta-feira (10).

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“Ele vai à Assembleia Nacional para defender sua posição e demonstrar a verdade”, disse o ministro ao canal Ecuavisa, um dia depois de o Parlamento ter decidido – por 88 votos – levar adiante o processo de destituição contra ele.

Esta é a segunda tentativa, em menos de um ano, de removê-lo do cargo.

Em um Legislativo unicameral de uma maioria opositora pulverizada, é necessário o apoio de 92 do total de 137 membros para destituir o presidente. Este último tem, por sua vez, o poder de dissolver o Congresso e convocar eleições gerais antecipadas.

Um ex-banqueiro de direita que registra uma alta impopularidade, Lasso é acusado de suspeita de peculato, no âmbito de um contrato para o transporte de petróleo assinado antes de assumir o cargo, há dois anos.

O ministro Cucalón reforçou a posição de Lasso, afirmando que “o presidente da República não cometeu peculato algum”.

"Até agora não existe qualquer prova. Não conseguiram provar, porque não existe", insistiu.

A Assembleia deve marcar, antes da próxima semana, a data do julgamento, que será realizado mesmo à revelia. Neste domingo (14), a Casa elege seu novo presidente e dois deputados para completar o atual mandato constitucional de quatro anos.

“Este processo nasceu, se desenvolveu e vai acabar sem prova alguma, sem qualquer argumento e com muitos vícios”, completou o ministro.

A oposição liderada pelo movimento de esquerda Revolución Ciudadana – ligado ao ex-presidente Rafael Correa (2007-2017), hoje instalado na Bélgica – acusa Lasso de peculato na gestão da estatal Flota Petrolera Ecuatoriana (Flopec), mediante contratos celebrados entre 2018 e 2020.

O presidente é acusado de não ter determinado, em seu mandato, o encerramento de um contrato entre a Flopec e o grupo internacional Amazonas Tanker, que inclui companhias russas, apesar de lesar os interesses estatais, provocando perdas de mais de 6 milhões de dólares à empresa equatoriana.

O correísmo é a principal força política no Congresso, com cerca de 50 cadeiras, enquanto o partido governista Criando Oportunidades (CREO) tem cerca de uma dezena.

A.Swartekop--HHA