Trump defende calote da dívida nos EUA se não houver corte de gastos
O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pediu, nesta quarta-feira (10), aos legisladores republicanos que se recusem a elevar o teto da dívida do país, o que levaria a um default, caso os democratas de Joe Biden não concordem em cortar gastos.
"Digo que os republicanos, os congressistas, senadores, se eles [os democratas] não lhes derem um corte maciço, vocês terão que proceder com um default", disse o magnata, que pretende disputar as eleições de 2024, durante uma aparição ao vivo no canal de notícias CNN.
A elevação do teto da dívida, um limite do dinheiro que o governo pode tomar emprestado para arcar com despesas já contratadas, costuma ser rotina no país.
Mas os republicanos preocupados com o orçamento, que assumiram o controle da Câmara dos Representantes nas eleições de 2022, prometeram apenas aumentar o teto - cujo máximo atual é de US$ 31,4 trilhões (cerca de R$ 155,5 trilhões) - se houver redução de gastos do governo.
Em seus comentários no canal de notícias, Trump acrescentou, no entanto, que considera tal cenário improvável.
"Eu não acredito que eles vão fazer isso porque creio que os democratas vão ceder, pois você não quer que isso aconteça [...] Mas [o default] é melhor do que o que estamos fazendo agora, pois estamos gastando dinheiro como marinheiros bêbados", afirmou.
O governo dos Estados Unidos nunca deixou de pagar sua dívida intencionalmente e alguns economistas alertam que os efeitos de um eventual default nos mercados financeiros podem ser catastróficos.
I.Hernandez--HHA