Atuação da agência europeia de fronteiras em naufrágio na Grécia é investigada
A Defensoria do Povo europeia iniciou uma investigação para "esclarecer o papel" da Agência Europeia da Guarda de Fronteiras e Costeira (Frontex) no resgate de um barco de migrantes que naufragou perto da costa da Grécia e deixou centenas de mortos e desaparecidos em junho.
"Enquanto o papel das autoridades gregas é objeto de uma investigação a nível nacional, também deve-se esclarecer o papel da Frontex nas operações de socorro e buscas", afirmou em nota a defensora do povo europeia, Emily O'Reilly.
"Foi confirmado que a Frontex alertou as autoridades gregas sobre a presença da embarcação e ofereceu ajuda, mas não está claro o que poderia ou deveria ter feito", afirmou.
A frágil e sobrecarregada embarcação de migrantes, que partiu da Líbia, afundou na madrugada de 13 para 14 de junho, com cerca de 750 pessoas a bordo, das quais 100 sobreviveram, mais de 80 corpos foram recuperados e centenas estão desaparecidos.
A defensora deseja, em particular, analisar a troca de informações entre a Frontex e as autoridades federais em matéria de operações de socorro e resgate.
O diretor da Frontex, Hans Leijtens, garantiu que está disposto a colaborar "com total transparência" para explicar o papel da agência.
H.Rathmann--HHA