EUA ajudará a reequipar forças aérea e naval de Honduras
O governo de Honduras anunciou, nesta sexta-feira (28), que os Estados Unidos lhe prometeram ajuda para reequipar suas forças aérea e naval, durante uma visita da chefe do Comando Sul americano, a general Laura Richardson, à presidente Xiomara Castro.
O ministro da Defesa de Honduras, José Manuel Zelaya, disse que Xiomara e Richardson chegaram a "importantes" acordos para "reformar nossas aeronaves" e "nossa Força Naval".
Há anos Honduras buscava o apoio dos Estados Unidos para reparar aviões F5 doados por Washington nos anos 1980.
As aeronaves foram doadas a Tegucigalpa para contribuir para o equilíbrio militar na América Central, em plena guerra fria e em meio a guerras civis em países da região.
Vários desses aviões se acidentaram ou ficaram em desuso, mas a Força Aérea hondurenha quer reparar meia dúzia que podem seguir voando.
Zelaya, que é sobrinho da presidente, também indicou que a Força Naval será reforçada "com duas embarcações novas", mas não deu detalhes.
A general Richardson, que não fez declarações à imprensa, se reuniu hoje com Xiomara Castro na Casa Presidencial em Tegucigalpa, acompanhada da embaixadora americana Laura F. Dogu.
Além disso, Zelaya assinalou que os Estados Unidos determinaram "a suspensão de restrições para a Força Aérea hondurenha que permite trocar informação para a luta contra o narcotráfico".
Durante o mandato do presidente anterior, Juan Orlando Hernández (2014-2022), os Estados Unidos se recusaram a dar informação para a Força Aérea hondurenha sobre movimentos de aeronaves suspeitas de transportar drogas da América do Sul para o norte do continente.
Após deixar o poder, Hernández foi extraditado em abril de 2022 para os Estados Unidos, onde é acusado de tráfico de drogas por um tribunal de Nova York e pode pegar prisão perpétua. Seu irmão, Tony, recebeu três condenações de prisão perpétua em março de 2021 pelo mesmo crime.
L.Keller--HHA