Hamburger Anzeiger - Rússia afirma que destruiu navio reconhecimento ucraniano no Mar Negro

Rússia afirma que destruiu navio reconhecimento ucraniano no Mar Negro
Rússia afirma que destruiu navio reconhecimento ucraniano no Mar Negro / foto: STRINGER - AFP

Rússia afirma que destruiu navio reconhecimento ucraniano no Mar Negro

O Ministério da Defesa da Rússia afirmou nesta terça-feira (22) que sua aviação destruiu um navio de reconhecimento da Ucrânia no Mar Negro, cenário de ataques cada vez mais intensos entre os dois lados.

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Além disso, pelo quinto dia consecutivo, o ministério anunciou que derrubou drones ucranianos na região de Moscou, que também virou um alvo frequente ações de Kiev nas últimas semanas.

"A tripulação de um Su-30cm (avião de combate russo) da Aviação Naval da Frota do Mar Negro destruiu um navio de reconhecimento das Forças Armadas ucranianas", afirmou o ministério em uma nota divulgada no Telegram.

O navio, que não foi identificado no comunicado, estava na "área de instalações russas de produção de gás no Mar Negro", acrescenta.

O Mar Negro virou um foco de conflito desde que a Rússia abandonou, em julho, um acordo mediado pela ONU e a Turquia que permitia as exportações de grãos ucranianos.

A Ucrânia intensificou os ataques contra navios ou posições russas na península da Crimeia, anexada por Moscou em 2014, enquanto a Rússia bombardeou em várias oportunidades as infraestruturas portuárias do país vizinho no Mar Negro e no rio Danúbio.

Na segunda-feira à noite, o ministério russo anunciou que neutralizou dois drones ucranianos a 40 quilômetros da Crimeia. Os aparelhos caíram no Mar Negro.

Na semana passada, navios militares russos destruíram um drone naval ucraniano durante uma tentativa de ataque, anunciou a pasta da Defesa.

- Drones contra Moscou -

Na manhã de terça-feira, a Rússia já havia anunciado a detecção e destruição de "dois drones" ucranianos na região de Moscou, que não provocaram vítimas nem danos, segundo o ministério.

O prefeito de Moscou, Serguei Sobianin, disse que um aparelho foi abatido na área de Krasnogorsk, cerca de 20 km ao noroeste do Kremlin, e o segunda na área de Chastsy, quase 50 km ao sudoeste do centro da capital.

Os aeroportos internacionais de Domodedovo, Sheremetyevo e Vnukovo, em Moscou, foram fechados por alguns minutos, segundo a agência estatal russa TASS.

Na região russa de Briansk, na fronteira com a Ucrânia, a defesa aérea interceptou dois drones, que caíram sem provocar vítimas, anunciaram as autoridades de Moscou.

A intensificação dos ataques de Kiev contra zonas inimigas acontece de modo paralelo à contraofensiva iniciada em junho para tentar recuperar o território ocupado pela Rússia, mas a operação avança de modo mais lento que o governo ucraniano esperava.

As autoridades ucranianas anunciaram na segunda-feira que recuperaram três quilômetros quadrados perto de Bakhmut, no leste do país, e que não houve "mudanças significativas" na frente de batalha no sul.

Em uma viagem surpresa pela Europa para pedir mais ajuda ao país, o presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, desembarcou na Grécia na segunda-feira, depois de visitar Suécia, Holanda e Dinamarca.

As autoridades gregas apresentaram a proposta de treinar pilotos ucranianos nos caças F-16, informou Zelensky.

A Ucrânia celebrou na semana passada a decisão dos Estados Unidos de autorizar que Dinamarca e Holanda enviem para Kiev 61 caças F-16, após o treinamento dos pilotos ucranianos.

O treinamento organizado por uma coalizão de 11 nações deve começar ainda em agosto e as autoridades estão confiantes de que os pilotos estarão preparados no início de 2024.

A autorização para o envio dos aviões, muito aguardada por Kiev, provocou uma advertência de Moscou. O chanceler russo, Serguei Lavrov, disse que o Kremlin consideraria os F-16 uma ameaça "nuclear" por sua capacidade de transportar armas atômicas.

O.Meyer--HHA