Enviados de EUA e China se reúnem em Malta
O assessor de Segurança Nacional de Joe Biden, Jake Sullivan, reuniu-se neste fim de semana com o chefe da diplomacia chinesa, Wang Yi, em Malta, em um contexto de tensão persistente entre as duas grandes potências.
Uma funcionária do alto escalão do governo americano, que não quis ser identificada, informou que as reuniões de ontem e hoje duraram 12 horas no total, e lembrou que a reunião bilateral anterior deste nível havia acontecido em maio.
Durante o encontro com o ministro chinês, Sullivan “enfatizou que os Estados Unidos e a China competem, mas que Washington não busca um conflito ou confronto", acrescentou a funcionária. "Wang Yi ressaltou que a questão de Taiwan é a primeira linha vermelha que não deveria ser ultrapassada nas relações sino-americanas", informou Pequim.
Segundo a funcionária americana, o assessor da Casa Branca reiterou que os Estados Unidos não apoiam a independência da ilha, mas que rejeitam "uma mudança unilateral no status quo”, tanto por parte dos taiwaneses quanto dos chineses.
- Comunicações militares -
Ambos os países comprometeram-se em Malta "a manter consultas” em certos âmbitos, principalmente em relação "à evolução da política e segurança na região Ásia-Pacífico”, segundo a fonte da Casa Branca. As comunicações militares entre os dois países, cortadas por Pequim em 2022, no entanto, não foram retomadas.
Estados Unidos e China renovaram o diálogo nos últimos meses, com uma sucessão de visitas de funcionários do alto escalão americano a Pequim. As diferenças comerciais, a questão de Taiwan e a presença chinesa no Mar da China Meridional, que Washington descreve como expansionista, são algumas das questões que confrontam os dois países.
J.Fuchs--HHA