Cuba permite que EUA acesse sua embaixada em Washington após 'ataque'
Cuba afirmou nesta segunda-feira (25) que facilitou o acesso das autoridades americanas à sua embaixada em Washington após um ataque com coquetel molotov, denunciado pelo ministro das Relações Exteriores de Cuba, Bruno Rodríguez.
De acordo com o chanceler, a embaixada foi alvo de um ataque com dois coquetéis molotov na noite de domingo (24), que Havana considerou como um "ataque terrorista".
"A embaixada de Cuba nos Estados Unidos foi alvo de um ataque terrorista de um indivíduo que lançou dois coquetéis molotov", afirmou Rodríguez na rede X (antes Twitter). Na mensagem, ele informa que os funcionários da representação diplomática não ficaram feridos.
Na mesma rede social, a embaixadora cubana nos Estados Unidos, Lianys Torres Rivera, disse que, após "o ataque terrorista", a embaixada entrou em contato "imediatamente com as autoridades americanas, a quem foi dado acesso à operação para apreensão de amostras dos coquetéis molotov".
"É o segundo ataque violento contra a sede diplomática em Washington", acrescentou o chanceler, em uma referência a outro incidente ocorrido em abril de 2020, quando um homem atirou contra a embaixada de Cuba na capital americana.
O México foi um dos primeiros países a reagir ao incidente.
"Reiteramos nosso compromisso com a luta contra a violência em todos os seus formatos" e "pedimos uma investigação aprofundada e que os responsáveis sejam levados à justiça", afirmou o Ministério de Relações Exteriores do México em comunicado. Na declaração, a chanceler Alicia Bárcena expressou solidariedade ao seu homólogo Bruno Rodríguez.
O ataque de domingo aconteceu poucas horas após o retorno do presidente Miguel Díaz-Canel a Havana. O chefe de Estado passou a semana em Nova York, onde participou na Assembleia Geral das Nações Unidas e de outras atividades com simpatizantes de Cuba nos Estados Unidos.
Em Nova York também foram organizadas manifestações de cubanos que moram nos Estados Unidos contra a presença de Díaz-Canel na Assembleia da ONU.
"Os grupos anticubanos recorrem ao terrorismo ao sentir impunidade, algo sobre o que #Cuba tem alertado as autoridades americanas reiteradamente", afirmou Rodríguez na rede X.
F.Fischer--HHA