Hamburger Anzeiger - Rishi Sunak enfrenta líder trabalhista em último debate antes das eleições britânicas

Rishi Sunak enfrenta líder trabalhista em último debate antes das eleições britânicas
Rishi Sunak enfrenta líder trabalhista em último debate antes das eleições britânicas / foto: Molly DARLINGTON, Andy BUCHANAN - POOL/AFP/Arquivos

Rishi Sunak enfrenta líder trabalhista em último debate antes das eleições britânicas

O primeiro-ministro conservador do Reino Unido, Rishi Sunak, a quem as pesquisas atribuem uma derrota clara nas eleições de 4 de julho, enfrenta nesta quarta-feira (26) o último debate televisionado contra o líder trabalhista Keir Starmer, com a esperança de diminuir a diferença.

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A sabatina na sede da BBC em Nottingham, às 19h15 locais (16h15 em Brasília) será a segunda e última entre os candidatos, após uma anterior no dia 4 de junho, na qual Sunak, de 44 anos, parecia ter saído com vitória, embora não tenha evitado que Starmer continuasse como favorito ao posto de novo premiê, o que colocaria fim aos 14 anos dos conservadores no poder.

Após o primeiro debate televisionado, uma pesquisa do instituto Yougov deu ao líder conservador a vitória no encontro, com 51%, contra 49% de Starmer.

Naquele dia, Sunak se mostrou muito combativo, consciente de que estava muito atrás nas pesquisas e reconhecendo a ameaça do líder da extrema direita, Nigel Farage, que no início de junho anunciou sua candidatura às eleições, à frente do partido Reform UK.

A vantagem dos trabalhistas sobre os conservadores, de quase 20 pontos no início da campanha, permaneceu ou aumentou em quase todas as pesquisas, o que parece abrir a porta de Downing Street, residência oficial do primeiro-ministro, a Keir Starmer.

- Críticas recentes a Sunak -

O Brexit em 2020 e suas consequências para a economia britânica, a covid-19 e o aumento do custo de vida deixaram poucas possibilidades de recuperação ao Partido Conservador de Sunak.

A este cenário, somam-se as críticas no início de junho pela ausência do atual premiê em um evento comemorativo dos desembarques na Normandia, no qual participaram líderes ocidentais, enquanto ele priorizou a sua presença em um programa de televisão como parte de sua campanha eleitoral.

Além disso, no dia 20 de junho, o Partido Conservador foi alvo de suspeitas de apostas fraudulentas sobre a data das eleições, pouco antes de Sunak anunciá-las oficialmente. Um policial encarregado da escolta do primeiro-ministro e de dois membros de seu partido estão sendo investigados por este caso.

Considerando todos os acontecimentos, uma pesquisa estimou que Sunak poderia ser o primeiro chefe de Governo a não conseguir obter o seu assento no Parlamento por sua circunscrição eleitoral.

Em uma tentativa desesperada de superar a desvantagem, os conservadores parecem ter orientado a sua campanha para posições anida mais à direita, sobretudo em questões de imigração.

- Ameaça da extrema direita -

Os conservadores temem que o Reform UK possa tirar-lhes votos nas eleições.

"Uma das principais razões pelas quais os conservadores têm um desempenho tão fraco nas pesquisas é proveniente de uma hemorragia entre seus eleitores que optam pelo partido Reform UK", ao qual foi atribuído 15% das intenções de voto, segundo Matthew Smith, do instituto YouGov, no início da campanha.

Keir Starmer, que levou o Partido Trabalhista a correntes centristas após a derrota do esquerdista Jeremy Corbyn nas eleições de 2019, sabe que é quem tem mais a perder no debate, devido à sua clara vantagem.

Por fim, a redução da inflação para 2% não ajudou Sunak - o índice era de 11% quando assumiu o cargo, há menos de dois anos.

O conservador assumiu o posto no final de 2022, após o criticado mandato de apenas 49 dias de Liz Truss.

Algumas pesquisas apontam um dos piores resultados da história para os conservadores e também o melhor para os trabalhistas, cujo último primeiro-ministro foi Gordon Brown em 2010.

F.Wilson--HHA