Hamburger Anzeiger - Ortega entrega 'plenos poderes' a seu filho para convênios entre Nicarágua e China

Ortega entrega 'plenos poderes' a seu filho para convênios entre Nicarágua e China
Ortega entrega 'plenos poderes' a seu filho para convênios entre Nicarágua e China / foto: Jairo CAJINA - PRESIDENCIA NICARAGUA/AFP

Ortega entrega 'plenos poderes' a seu filho para convênios entre Nicarágua e China

O presidente da Nicarágua, Daniel Ortega, concedeu nesta terça-feira (9) "plenos poderes" a seu filho Laureano Ortega para firmar acordos com a China.

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"Concede-se plenos poderes ao companheiro Laureano Ortega Murillo, assessor presidencial", para assinar esses convênios, indicou o governo nicaraguense em dois decretos presidenciais publicados no diário oficial La Gaceta.

Laureano Ortega foi autorizado a firmar um memorando de entendimento com a Agência de Cooperação Internacional para o Desenvolvimento da China para supervisionar o "planejamento da cooperação" entre ambos os países no período 2025-2027.

Também obteve permissão para assinar um convênio de cooperação econômica e técnica com o país asiático.

Laureano Ortega Murillo, de 42 anos, é filho do presidente da Nicarágua e de sua esposa e vice-presidente Rosario Murillo, e atua como assessor presidencial.

Em dezembro de 2023, China e Nicarágua fecharam acordo para elevar suas relações ao nível de "associação estratégica", depois de uma conversa telefônica entre Ortega e o presidente chinês Xi Jinping.

Além disso, Nicarágua e China implementaram em janeiro um tratado de livre-comércio.

Em 2021, Manágua estabeleceu relações com a China depois de romper com Taiwan, considerado por Pequim um território seu cujo controle deve ser retomado, inclusive à força se necessário.

Desde então, a segunda maior economia do mundo tem apoiado o governo nicaraguense, que enfrenta sanções e a condenação de Estados Unidos e países europeus após a repressão aos protestos de 2018 contra Ortega, que deixaram mais de 300 mortos, segundo a ONU.

Os dois governos estabeleceram que, como parte de sua associação estratégica, vão reforçar "os intercâmbios e a cooperação" também em segurança e tecnologia.

O governo e empresas chinesas também vão participar da construção de moradias populares e de projetos de infraestrutura viária, aeroportuária, ferroviária e energética.

H.Graumann--HHA