Hamburger Anzeiger - Donald Trump pede união após tentativa de assassinato

Donald Trump pede união após tentativa de assassinato
Donald Trump pede união após tentativa de assassinato / foto: Rebecca DROKE - AFP

Donald Trump pede união após tentativa de assassinato

O ex-presidente americano Donald Trump afirmou neste domingo (14) que "Deus" evitou sua morte em uma tentativa de assassinato durante um comício de campanha na Pensilvânia no sábado, e pediu aos americanos que permaneçam unidos.

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"Deus impediu o impensável de acontecer", afirmou o ex-presidente e candidato republicano às eleições presidenciais nas redes sociais, ao mesmo tempo que pediu aos compatriotas que permaneçam unidos para "não permitir que o mal vença".

O ex-presidente foi ferido em uma orelha no sábado, em uma tentativa de assassinato durante um comício político para as eleições presidenciais de novembro.

O republicano de 78 anos foi retirado do palanque com o rosto ensanguentado após um atirador abrir fogo durante o comício em Butler, Pensilvânia, norte do país.

O autor dos tiros e um espectador do comício morreram e duas pessoas ficaram gravemente feridas.

"Neste momento, é mais importante que nunca que permaneçamos unidos e mostremos o nosso verdadeiro caráter como americanos, permanecendo fortes e determinados, para não permitir que o mal vença", escreveu Trump na sua plataforma Truth Social na manhã deste domingo.

Ele confirmou que participará da convenção nacional republicana que começa na segunda-feira em Milwaukee, Wisconsin.

- Tentativa de assassinato -

O FBI identificou o agressor como "Thomas Matthew Crooks, 20 anos, de Bethel Park, Pensilvânia".

Após o ataque, Trump ergueu o punho em desafio ao ser conduzido para um local seguro e depois disse: "Eles atiraram em mim com uma bala que rasgou o topo da minha orelha direita".

O presidente democrata Joe Biden, que enfrentará Trump em uma eleição altamente polarizada, afirmou que "não há lugar nos Estados Unidos para este tipo de violência". Os dois conversaram depois, segundo a Casa Branca.

Um vídeo publicado pelo site TMZ, especializado em notícias de celebridades, mostra o suposto atirador de bruços, no telhado de um prédio, com o rifle na mão.

Ele está tentando "mirar cuidadosamente em um alvo à distância antes de atirar", segundo o TMZ. O vídeo não mostra o homem atirando. Mas ouve-se uma rápida sucessão de tiros, seguidos por gritos.

Em outras imagens, que não puderam ser verificadas, o corpo do suposto agressor é visto caído no telhado inclinado de um prédio baixo de onde foram disparados os tiros. Acredita-se que o homem tenha agido sozinho.

O agente especial do FBI Kevin Rojek afirmou que Trump foi vítima de uma "tentativa de assassinato".

O pai do agressor, Matthew Crooks, disse à CNN que estava tentando "entender o que aconteceu" e que não falaria até entrar em contato com as forças de segurança. Seu filho era registrado como eleitor republicano, segundo a mídia.

- "Rasgando a pele" -

Trump, usando um boné vermelho com seu slogan "Make America Great Again", tinha acabado de começar a falar em seu último comício antes da Convenção Nacional Republicana quando foram ouvidos tiros.

Ele fez uma careta e apertou a orelha ensanguentada, depois se agachou enquanto os agentes do Serviço Secreto subiram ao palanque, cercaram-no e o escoltaram até um veículo próximo.

"Eu soube imediatamente que algo estava errado porque ouvi um zumbido, tiros e imediatamente senti a bala rasgando a pele", disse Trump.

O Serviço Secreto dos EUA negou neste domingo boatos de que rejeitava proteção adicional a Trump.

Seu porta-voz, Anthony Guglielmi, disse na rede X que estas afirmações contra a entidade são "absolutamente falsas" e acrescentou que a agência "adicionou novos recursos, tecnologias e capacidades de proteção" à medida que a campanha presidencial avança.

O Serviço Secreto informou no sábado que o agressor "disparou vários tiros em direção ao palco a partir de uma posição elevada fora do comício" antes de ser "neutralizado" pelos seus agentes.

- Reação mundial -

O ataque chocou o mundo. Líderes do Reino Unido, Israel, França, Japão, Rússia, Turquia e também o Vaticano expressaram sua indignação.

Biden encurtou uma viagem de fim de semana à sua casa de praia em Delaware para retornar a Washington. Ele receberá uma atualização na manhã de domingo, segundo a Casa Branca.

Um dos possíveis candidatos a vice-presidente de Trump, J.D. Vance disse que a "retórica" de Biden "levou diretamente" ao ataque.

A Rússia aproveitou a oportunidade, ao contrário, para instar os Estados Unidos a fazerem um balanço das suas "políticas de incitação ao ódio contra adversários políticos, países e povos" e denunciar o apoio de Washington à Ucrânia.

- Pânico -

Várias testemunhas disseram que chamaram a polícia quando viram o homem antes do tiroteio.

As forças de segurança de Butler reconheceram ter respondido a uma série de relatos de "atividades suspeitas", mas não forneceram detalhes.

"Vimos muitas pessoas caírem, pareciam confusas. Ouvi os tiros", disse John Yeykal, de Franklin, que participava de seu primeiro comício de Trump.

Os Estados Unidos têm um histórico de violência política e os presidentes, ex-presidentes e candidatos têm medidas de segurança rigorosas. .

Th.Frei--HHA