Incêndios florestais deixam Quito em 'situação crítica'
Cinco incêndios florestais simultâneos voltaram a cobrir, nesta terça-feira (24), a capital do Equador de fumaça e cinzas, deixando a cidade em "situação crítica", segundo seu prefeito, Pabel Muñoz.
"A situação neste momento é crítica. Continuará assim durante a noite", alertou o prefeito. Três helicópteros militares e dos bombeiros trabalhavam no combate às chamas.
O Ministério da Educação determinou que as aulas sejam ministradas de forma remota amanhã em toda a região metropolitana de Quito, devido à má qualidade do ar. Alguns funcionários públicos também vão trabalhar de casa.
No bairro residencial de Bellavista, vizinhos formavam correntes humanas para passar baldes com água. "Molhe a calçada, para que o fogo não aumente!", gritavam, enquanto idosos recebiam ajuda de policiais e soldados para deixar suas casas.
O presidente Daniel Noboa mobilizou as Forças Armadas e anunciou em Nova York que cancelou seus compromissos na cidade para retornar a Quito.
"Vivemos a pior conjuntura climática em décadas, o que exige decisões urgentes em todos os níveis de governo", publicou Noboa no X, alertando que os responsáveis serão processados por "terrorismo" caso a origem do fogo seja criminosa.
Moradores relataram a queda de cinzas em áreas do norte da cidade e no centro histórico, que faz parte do Patrimônio Cultural da Humanidade e abriga as sedes dos governos federal e municipal.
Há três semanas, quatro incêndios florestais cobriram de fumaça e cinzas vários setores da capital e seus arredores, sem afetar as operações no aeroporto.
O Equador enfrenta a pior seca em seis décadas, que resultou em incêndios florestais, afetou o fornecimento de água e a produção agrícola e levou ao racionamento de energia.
Devido ao fogo, o município de Quito anunciou o fechamento de uma via estratégica que liga o norte ao sul da capital. Os incêndios geraram caos no trânsito, agravado por apagões que afetaram os semáforos.
O.Zimmermann--HHA