Hamburger Anzeiger - Nobel de Literatura Vargas Llosa volta a ser internado por covid

Nobel de Literatura Vargas Llosa volta a ser internado por covid
Nobel de Literatura Vargas Llosa volta a ser internado por covid / foto: Emmanuel Dunand - AFP/Arquivos

Nobel de Literatura Vargas Llosa volta a ser internado por covid

O Nobel de Literatura hispano-peruano Mario Vargas Llosa, de 87 anos, está internado desde sábado por covid, pela segunda vez em 15 meses, informaram seus filhos nesta segunda-feira (3).

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“Diante do interesse da mídia pelo estado de saúde de nosso pai, tornamos público que ele está internado desde sábado após ser diagnosticado com covid-19”, disseram seus filhos Álvaro, Gonzalo e Morgana, em um comunicado.

“Ele está sendo tratado por excelentes profissionais e acompanhado por sua família”, acrescentaram, pedindo “aos meios de comunicação que respeitem sua privacidade neste momento”.

Os filhos não especificaram onde o escritor está internado. Com nacionalidade espanhola desde 1993, vive em Madri, onde ficou hospitalizado alguns dias, também por covid, em abril de 2022.

No entanto, o jornal El País, no qual o escritor publica seus artigos semanais, noticiou que Vargas Llosa está em um hospital da capital espanhola e se encontra "estável", segundo fontes familiares.

Vargas Llosa foi um dos grandes protagonistas, juntamente com o colombiano Gabriel García Márquez, o argentino Julio Cortázar, e o mexicano Carlos Fuentes, do "boom latino-americano", um fenômeno literário que, nas décadas de 1960 e 1970, tornou esses então jovens autores conhecidos em todo o mundo.

Nascido na cidade de Arequipa, no sul do Peru, em 28 de março de 1936 em uma família de classe média, Vargas Llosa foi criado pela mãe e pelos avós maternos em Cochabamba (Bolívia) e, depois, no Peru.

Sua longa carreira literária deslanchou em 1959, quando publicou seu primeiro livro de contos, "Los jefes", pelo qual ganhou o Prêmio Leopoldo Alas. Ganhou notoriedade com a publicação do romance "A cidade e os cachorros", em 1963, seguido três anos depois de "A casa verde". Seu prestígio se consolidou com o romance "Conversa na Catedral" (1969).

Seguiram-se depois "Pantaleão e as visitadoras", "Tia Julia e o escrevinhador", "A guerra no fim do mundo", "Quem matou Palomino Molero?", "Lituma nos Andes" e "Peixe na água", "A festa do bode", e "O sonho do celta", publicado pouco antes de receber o Prêmio Nobel em 2010.

H.Rathmann--HHA